Após o nascimento do Menino Jesus, uma data importante e tradicional pelos católicos é o dia 06 de janeiro, Dia de Reis, popularmente conhecido como o momento em que se encerram as celebrações natalinas e a árvore de Natal é desmontada.
O Dia de Reis marca o momento que três magos do Oriente, Belchior, Gaspar e Baltazar, seguindo o brilho intenso da Estrela de Belém, foram visitar o recém-nascido Jesus Cristo. Quando os magos chegam diante de Jesus ajoelham-se, em sinal de adoração à divindade e oferecem-lhe ouro, presente digno de reis; incenso, recordando que o menino é sacerdote; e mirra, perfume usado na preparação dos defuntos no Oriente, que representa que a criança, apesar de tudo, deveria sofrer e morrer para que por meio disso, a humanidade encontrasse uma nova vida.
Solenidade da Epifania do Senhor
No Angelus da Solenidade da Epifania, realizado na manhã de hoje (06/12), o Papa Francisco fala-nos dos Reis Magos que, chegando a Belém, oferecem a Jesus ouro, incenso e mirra. Porém, continua o Papa, poderíamos dizer que eles, antes de tudo, recebem três dons: três dons preciosos que dizem respeito também a nós.
O primeiro é “o dom do chamado”. “Os Magos”, continua, “deixaram-se maravilhar e disturbar pela novidade da estrela e partiram rumo ao que não conheciam”. Recordando que sendo cultos e sábios, fascinaram-se mais pelo que não sabiam do que pelo que sabiam. “Eles se sentiram chamados a ir além”. E Francisco nos esclarece: “somos chamados a não nos contentarmos, a buscar o Senhor saindo da nossa zona de conforto, caminhando em direção a Ele com os outros, mergulhando-nos na realidade”.
O segundo dom que os Magos nos falam, continua o Papa, é o do discernimento. E explica que foram ao encontro do rei Herodes, e percebendo que este queria usá-los, não se deixaram enganar. “Sabem fazer a distinção entre a meta do percurso e as tentações que encontram pelo caminho”, reiterando em seguida: “Como é importante saber distinguir a meta da vida das tentações do caminho!".
E, em terceiro, os Magos falam-nos do dom da surpresa. “Depois de uma longa viagem, o que esses homens de alto nível social encontram? Uma criança com sua mãe, certamente uma cena terna, mas não surpreendente!”. E sugere que talvez esperassem um Messias poderoso e prodigioso, e encontram uma criança. “No entanto”, continua, “não pensam ter se enganado, sabem reconhecê-lo. Acolhem a surpresa de Deus e vivem com encanto o encontro com Ele, adorando-o: na pequenez reconhecem o rosto de Deus”.
Por fim, Papa Francisco afirma: “Todos somos chamados por Jesus, todos podemos discernir a sua presença, todos podemos experimentar as suas surpresas.”
Texto: Ascom/ArquiSM, com informações do Vatican News.
Imagens: Cathopic e Vatican News.
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